quarta-feira, julho 14, 2010

Que futuro para os tótós ?

" Quando tudo está perdido, quando já não há nada a fazer, os generais devem proceder como se não entendessem que são responsáveis pelos mortos espalhados no campo de batalha. Devem sorrir e fingir que a derrota não passou de um acidente". In "Angústia para o Jantar" de Luis de Sttau Monteiro.


A questão que se levanta é que os mortos na sua generalidade são os mais desprotegidos, não só económicamente, mas e mais importante, intelectualmente. Foram aqueles que foram para a batalha sem saber que interesses estavam a defender.


Na politica portuguesa estamos a viver algo de semelhante.


Os desempregados, os injustiçados que são homens e mulheres como todos os outros são mortos vivos. A larguissima maioria tem um desconhecimento completo da razão da sua grave situação.
A atracção do consumismo deixou para terceiro plano as questões ideológicas. Viver bem a qualquer custo tornou-se a nova palavra de ordem. Tudo acontece sem se pretender sequer pretender conhecer a razão do porquê. Patrões e trabalhadores fundem-se na mesma medíocridade de espirito. Na maioria dos casos nem o falar, quanto mais escrever português escapa. Não têm qualquer interesse na sua intelectualidade. Estão perto de se tornarem seres acéfalos que existem porque nasceram.
Saramago foi o último a falecer. De certeza que mais de 95% da população não teve qualquer contacto com a escrita do autor. É miserável ! A cabeça dos portugueses tornou-se preguiçosa e a forma de estar, queixume permanente. Os "media" na sua larga maioria esforçam-se para contribuir para que tudo se torne mais negro, levando para a ribalta o que de mais hediondo existe, explorando com e sem razão até ao tutâno toda a sorte de intriga. É demasiado mau.
A indiferença pelos caídos nos campos de batalha corre o risco de não poder ser só atribuída aos "generais " mas a toda uma sociedade em cuja mente a cultura da indiferença se tornou normal esquecendo-se que é a mente que para além de comandar o corpo, também define a Vida.
josé fernando



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