quinta-feira, outubro 29, 2009

O Deserto

A advocacia vive um momento inegualável de profunda crise. Sucederam-se diplomas ao longo destes últimos anos que paulatinamente foram retirando serviço aos advogados e o que é grave é que não houve por parte da estrutura que os representa qualquer reacção que lograsse no minimo negociar contrapartidas.
Hoje pode-se com segurança afirmar que já não se sabe exactamente o que é a profissão e muito menos qual o seu campo legitimo de actuação. Já em anterior tomada de posição afirmá-mos que há uma necessidade urgente em definir o que são os advogados de empresa. Que interesses é que temos em comum. Não vislumbro. E com os advogados que vão chegando há uns anos a esta parte que não têm sequer escritório. É chegada a hora de definir quais as condições para poder exercer a profissão.
A Ordem está a dar uma imagem , nomeadamente através do seu bastonário, de coragem para enfrentar problemas do funcionamento da justiça, mas curiosamente sem uma reacção séria e concreta aos problemas que se vão acumulando no seu próprio seio. Os advogados com mais tempo na profissão não devem esmorecer e têm que ter a força de vontade para reestruturar a actividade.

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