segunda-feira, julho 24, 2006

FILHOS DE UM DEUS MENOR

Que se passou? Estalou o verniz na ordem dos advogados? Ou, serão" revanchismos "patéticos de quem nada tem de novo para dar à actividade do que a evocação de passados gloriosos, que na verdade não foram interpretados nem assumidos por todos, mas tão só resultaram da coragem de alguns para quem a honestidade era um principio e a coragem um meio.
O colega Júdice não precisa notoriamente de polir os brasões, nem expor-se socialmente e muito menos demonstrar perante a organização de que já foi bastonário de que foi seguramente um dos mais entusiastas no progresso da advocacia. A obra que iniciou fala por si.
Saíu do cargo que ocupava provavelmente com a ideia que independentemente de quem lhe sucedesse, o futuro estaria garantido em sede de uma melhor advocacia, nomeadamente na sua importância institucional, reforçando socialmente o seu poder. Enganou-se redondamente.
A imagem que o Largo de S. Domingos passou para o país foi profundamente negativa no que concerne à credibilidade que este deposita nos advogados. Convenhamos que teve, no entanto o dom de o acordar, já que lhe transmitiu a ideia de que ainda existe quem desafie os poderes constuídos, sejam eles quais forem.
Devem os advogados tomar posição sobre o sucedido ou como tem sido de bom tom, calarem-se.
Temos no minimo direito a explicações que nos convençam de que o que se passou não é tão mau quanto julgamos que é.
O colega Marinho, o colega Júdice e outros que à sua maneira da lei do lodo se vão libertando e que têm dado a cara pela nossa ordem, merecem não apoios de circunstância, mas que neste triste episódio, agora com este último colega, sejam explicadas as verdadeiras razões, para que a do costume não continue a morrer solteira. A nossa ordem não pode ser o que veio nos jornais. Se for há que corrigir-lhe a rota e democraticamente eleger novos membros que lhe deiam uma identidade forte e com futuro.

José Fernando

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